A antiga ministra angolana do Ambiente Fátima Jardim foi designada neste domingo, em Brazzaville (Congo), embaixadora da boa vontade da Comissão do Clima sobre a bacia do Congo.
A decisão foi tomada na primeira Cimeira dos Chefes de Estado sobre a bacia do Congo, que tem uma extensão de 220 milhões de hectares de floresta e tida como o segundo maior pulmão ecológico do planeta, depois da Amazónia.
Segundo o ministro angolano da Relações Exteriores, Manuel Augusto, além da ex-ministra angolana, a Cimeira indicou também a princesa Lassa, do Reino de Marrocos e membro da Fundação Mohamed VI, e o músico da RDCongo, Lokua Kanza para embaixadores da boa vontade.
Os embaixadores designadores terão a responsabilidade da angariar fundos para a operacionalização da comissão do Ambiente da Bacia do Congo e do fundo Azul.
O ministro acredita que a Bacia do Congo poderá atrair muitos investidores.
Manuel Augusto referiu que a comissão está, ainda, aberta a categoria de membros associados, entre os países africanos que se identifiquem com os objectivos do projecto.
Adiantou que estão igualmente previstos protocolos como o do Lago Tchad e da Bacia do Benin, que poderão estar interligadas.
O ministro angolano das Relações Exteriores disse existir um projecto que consiste em desviar o curso do rio Congo, ou Zaire, para levar água ao lago Tchad, que se está a evaporar, o que pode levar a que aquela região seja declarada árida.
Explica que se prevê realizar um estudo técnico sobre a bacia do Congo, atravessado pelo rio Kwanza, um dos maiores cursos de água, e segundo maior depois do Amazonas.
Admite a possibilidade de se associar aos estudos, técnicos, investidores, mecenas e doadores.
Considera este dia histórico, pelo facto de África procurar soluções para os seus problemas, mesmo que tenha, depois, de contar com parceiros internacionais, num mundo cada vez mais global.