A primeira cimeira dos chefes de Estado e de Governo da Comissão Clima da Bacia do Congo, inicialmente prevista para 25 de abril em Brazzaville, aconteceu no dia 29. Esta cimeira, que teve como objectivo agrupar os chefes de Estado africanos bem como os presidentes do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) e da Comissão da União Africana (UA), para fazer o balanço das actividades da Comissão e do Fundo Azul
O seu objetivo também foi, recolher fundos destinados a financiar programas e projectos no domínio da economia azul, da economia verde e da luta contra as mudanças climáticas incluíndo o combate à pobreza, em conformidade com o espírito da Declaração de Marraquexe. Segundo os peritos presentes no encontro de Brazzaville, após diferentes etapas alcançadas pelo processo desde a COP22, « chegou o tempo de operacionalizar o Fundo Azul Clima».
O Fundo Azul para a Bacia do Congo representa um fundo internacional de desenvolvimento que visa permitir aos Estados da sub-região da Bacia do Congo passarem de uma economia ligada à exploração florestal para uma economia baseada cada vez mais nos recursos provenientes da gestão de águas e nomeadamente fluviais.
O acordo sobre a criação deste Fundo foi assinado a 9 de Março de 2017 em Oyo, cidade situada a quase 400 quilómetros a norte de Brazzaville. Com quase 220 milhões de hectares de florestas, a Bacia do Congo é o segundo pulmão ecológico do planeta, após a Amazónia.
A Bacia do Congo estende-se em 10 países da África Central, designadamente Angola, Burundi, Camarões, Gabão, República Centroafricana, República do Congo, Guiné Equatorial, República Democrática do Congo, Rwanda e Tanzânia.