NOTA DE IMPRENSA

A Universidade de Estudos Internacionais de Roma, UNINTI outorgou nesta quinta feira o título de doctor magistralis honoris causa, à escritora Maria Eugenia Neto, viúva do primeiro presidente de Angola, “Pela defesa do multilinguismo em Angola, lutando ao lado do seu marido Agostinho Neto pela salvaguarda das minorias culturais, pelo desejo de difundir a sua língua e cultura no estrangeiro com um desejo constante de independência e liberdade.

A outorga foi feita durante a cerimónia de abertura do ano lectivo 2023/2024. No evento, foi igualmente anunciada a abertura da Cátedra “Maria Eugénia Neto” que a par da Cátedra Agostinho Neto vai integrar o programa de estudos da língua portuguesa na Universidade de Estudos Internacionais de Roma.

Ao outorgar o título em nome da instituição, a Reitora Mariagrazia Russo sublinhou o facto de as duas cátedras servirem também para a divulgação da cultura Angolana.

Na ocasião foi igualmente assinado um acordo de cooperação entre a Fundação Agostinho Neto e a Universidade de Estudos Internacionais de Roma, com o objectivo principal de divulgação da cultura, ciência e do ensino superior através das actividades de investigação e ensino.

Ao agradecer a outorga do título, Maria Eugénia Neto manifestou-se orgulhosa de ver o seu nome associado a uma instituição tão prestigiada e fez um resumo dos motivos que levaram a esta atribuição, alicerçada no facto de ter estado muito presente na vida de Agostinho Neto, o primeiro presidente de Angola.

Para Maria Eugenia Neto, a Itália entendeu a mensagem de liberdade e de fé de Agostinho Neto que no seu poema “consciencialização” lançou o clamor para a observância de princípios sagrados da humanidade, como a paz, justiça, liberdade e amor ao próximo, que actualmente estão a deixar de ser cultivados pelo mundo.

Por sua vez a Embaixadora Fátima Jardim agradeceu o gesto da universidade de Estudos Internacionais de Roma, em particular o empenho da sua reitora na divulgação da cultura de Angola e no reconhecimento do apoio a todos os níveis concedido por Maria Eugénia Neto, ao primeiro presidente de Angola.

E o embaixador de Angola junto da Santa Sé, Carlos Fonseca, recordou o papel desempenhado por Maria Eugénia Neto na divulgação do legado de Neto, além do seu contributo para a literatura angolana.

Estudantes e professores mostram-se igualmente esperançosos de que a vida e obra de Agostinho Neto e a cultura do povo angolanos continuem a ser divulgados na Itália. Testemunharam a homenagem os Embaixadores de Angola na Itália e junto do Vaticano, respectivamente Maria de Fátima Jardim e Carlos Fonseca, diplomatas de países que falam português, o corpo directivo da universidade, entre os quais o presidente do Conselho directivo Maurizio Finicelli, o Vice-presidente Fabio Bisogni, a Reitora Mariagrazia Russo, Director do departamento de ciências humanísticas e sociais internacionais UNINT, Alessandro De Nisco, o embaixador da Universidade Internacional do mundo, Francisco Matte Bom, o estudante Saverio Dilella em representação dos seus colegas  e o Embaixador Giuseppe Mistreta ex-Director africa subsaariana junto do ministério das relações exteriores e da cooperação internacional, além de corpo docente e discente e convidados.