Excelentíssimos membros desta ilustre assembleia, estimados participantes e convidados,
É com grande honra e comprometimento que fazemos estas notas neste importante evento, no qual teremos a oportunidade de discutir sobre temas vitais para o futuro sustentável de África e, por extensão, do nosso planeta.
Os nossos governos têm estado particularmente empenhados na redução de emissões, dedicando sempre mais atenção ao investimento em tecnologias limpas e práticas agrícolas sustentáveis, que têm contribuído para a preservação do meio ambiente e para a construção de um futuro mais resiliente. Temos noção, porém, que trata-se um processo longo e que ainda temos muita estrada por percorrer, e é em eventos como estes que tencionamos recolher contributos que podem acelerar o processo.
Para os nossos países, a agricultura não é apenas um meio de subsistência. É também, e sobretudo, uma fonte vital de empregos. Ao investir em práticas agrícolas sustentáveis, estamos a promover o crescimento económico e a preservar o meio ambiente para as futuras gerações.
Por reconhecermos a importância crítica do solo, temos procurado investir em técnicas agrícolas que promovam a saúde do solo e a sua sustentabilidade, o que é imperativo para garantir a segurança alimentar e a preservação dos recursos naturais.
Temos também dedicado cada vez mais atenção aos projectos sustentáveis, porém, neste quesito, necessitamos de uma maior colaboração internacional para apoiar e fortalecer as nossas iniciativas, reconhecendo o potencial transformador que elas possuem.
Tem sido nossa preocupação identificar práticas agroecológicas e impulsionar a bioeconomia, essenciais para garantir uma agricultura sustentável e ecologicamente equilibrada. Para a concretização deste desiderato, porém, temos investido na capacitação de técnicos locais, pois só através de técnicos devidamente formados e preparados poderemos estimular uma maior consciência sobre estes temas.
A colaboração, porém, é a chave para o sucesso desta iniciativa. E para o efeito, temos promovido mecanismos que favoreçam projectos conjuntos, impulsionando a inovação e o desenvolvimento sustentável em todo o continente africano.
Temos noção que a priorização das crises climáticas é crucial para garantir um futuro sustentável ao nosso continente e para o mundo inteiro, e por esta razão, temos nos comprometido a implementar princípios alinhados com o Green Deal, em linha com os parâmetros exigidos a nível internacional, processo que, também, exige um grande esforço conjunto para a sua concretização.
Não posso terminar a minha intervenção sem fazer uma breve referência a desertificação na África Austral, tema que tem suscitado a implementação de estratégias abrangentes para a resolução dos desafios, permitindo preservar os nossos ecossistemas e promovendo práticas agrícolas sustentáveis.
Esta preocupação tem motivado uma atenção cada vez maior à necessidade urgente de uma transição energética, e para o efeito precisamos de investimentos em fontes de energia limpa para impulsionar o desenvolvimento sustentável em todo o continente.
O nosso continente é conhecido por ser um palco da biodiversidade, e por esta razão, tem sido nossa preocupação promover ecossistemas únicos, reconhecendo a interconexão entre biodiversidade, agricultura e qualidade de vida.
Estas acções que acabei de mencionar possuem uma grande componente social, tendo um impacto significativo nas populações mais vulneráveis do nosso continente, garantindo que estas populações sejam protegidas e capacitadas. A justiça social e económica é fundamental para o sucesso dos nossos esforços.
Assim, gostaria de terminar dizendo que a nossa presença aqui é sobretudo para garantir parcerias sólidas, atrair investimento e partilhar conhecimento, permitindo-nos assim construir um futuro onde a agricultura seja sustentável, resiliente e gere prosperidade para as nossas populações.
Que este evento possa inaugurar uma era de maior colaboração e inovação para o bem da SADC, de África e consequentemente do mundo inteiro.
Muito obrigada a todos.