A concessão privada do terminal multiusos do Porto do Lobito, que iniciou oficialmente a sua operação ontem, 27 de Março, já liquidou 80 dos 115 milhões USD de prémio, segundo Ricardo Viegas D’Abreu, ministro dos Transportes. O contrato assinado entre o Porto do Lobito e a African Global Logistics (AGL) tem a duração de 20 anos.
A AGL faz parte do grupo MSC, um dos maiores players internacionais do sector. No Lobito, a empresa adoptou a denominação Africa Global Logistics Lobito Terminal (ALT). Este é mais um desdobramento integrado no chamado Corredor do Lobito, que também inclui a concessão privada do transporte de carga no Caminho de Ferro de Benguela.
Actualmente com 721 trabalhadores, a nova gestão do terminal multifunções tenciona investir, ao longo do período da concessão, 4 milhões USD em formação técnico-profissional e 200 milhões USD em novos equipamentos e novas tecnologias. Estas iniciativas visam modernizar, tornar o porto mais competitivo e aumentar a produtividade dos actuais 15 contentores por hora para os 40 contentores por hora.
“O Porto do Lobito está numa localização estratégica para a sub-região e para o continente africano”, disse Philippe Labonne, CEO da AGL, durante a inauguração. O gestor anunciou também a vontade de começar a operar directamente entre os portos chineses e o Porto do Lobito.
O contrato de concessão foi assinado no dia 11 de Dezembro de 2023, tendo a operação iniciado, de forma não oficial, no dia 4 de Março.
Em 2023, o Porto do Lobito movimentou cerca de 1,4 milhões de toneladas de carga e o objectivo para 2024 passa por atingir os 2 milhões de toneladas.